quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mulher e a capacidade de multitarefa


De um modo geral, existem dois tipos de Seres Humanos: Monotarefa e Multitarefa, ou seja homem e mulher, respetivamente.

O homem é um Ser incapaz de processar duas, ou mais, tarefas em paralelo. A 3 mil metros de altitude, diria ser um atributo negativo – um defeito. Pois, mas não é! É precisamente este “defeito” que faz com que, em muitas áreas, o homem seja mais bem-sucedido que a mulher.

Sendo o Ser Humano um sistema uniprocessador, a capacidade feminina de multitarefa é, na realidade, apenas uma ilusão conseguida com a alternância rápida entre as várias tarefas.

Vejamos um exemplo simples (pressuposto – o homem sabe cozinhar). O homem e a mulher levam normalmente o mesmo tempo a cozinhar. Dependo do número de tarefas executadas pela mulher, a mulher poderá ser mais rápida do que o homem. O resultado final pode variar muito, sendo que nesta área, quando um homem gosta de cozinhar, justiça seja feita, o resultado masculino é normalmente melhor.

O homem entra na cozinha e apenas obtém um produto final – o prato cozinhado. Nem mais uma vírgula (cheira maravilhosamente bem!).

A mulher entra na cozinha e… começa a preparar o prato, lembra-se que pode aproveitar qualquer coisa e cozinha outro, mete a roupa na máquina, manda os filhos tomar banho, fala ao telemóvel, limpa a cozinha, estende a roupa entretanto lavada, corrige os trabalhos de casa dos filhos, faz uns quantos “likes” no facebook, põem a mesa, guarda a loiça suja na máquina e termina chamando todos para a mesa com dois pratos e uma sobremesa.

É ou não verdade?! Huummmhhhh 99% dos casos sim, felizmente casei com uma rara exceção :)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O velho do ginásio


Todas as manhãs pico o ponto no ginásio. Tenho que zelar pela minha sanidade mental. O corpo também agradece. Isto de passar a barreira dos "enta" tem muito que se lhe diga.

Nesta altura do ano começam a sair do sofá alguns cromos. Infelizmente alguns são madrugadores como eu. Fartei-me de arranjar desculpas para não ir ao ginásio, por isso optei pelo único horário onde não existe nenhuma desculpa possível para faltar, pela fresquinha, na abertura do ginásio e antes do trabalho.

Não, não sou louca, acreditem, com dois filhos pré-pré-adolescentes e um trabalho que consome geralmente mais de 9 horas diárias, a coisa não é nada fácil. Não tenho nem força nem paciência para fazer exercício depois da 20h00. Como diz o Henrique Raposo “Afinal de contas, atrasar o relógio um par de horas não é um drama.

Retornando aos cromos do ginásio. No ginásio que frequento existem uns quantos. A dondoca que se arranja e até se pinta para correr. O gajo que, dias a fio, pára o carro, entra no ginásio, muda de roupa, pesa-se e depois volta a vestir-se e sai (nunca percebi este homem). Será que pensa que perde peso, de um dia, para o outro só por despir a roupa? Há dias em que pára o carro durante cinco minutos e depois vai-se embora sem entrar no ginásio, nunca o vi fazer mais do que 15 minutos de exercício.

Existe um velho, sim velho, que abomino. Tem ar de mau e é uma besta com a mulher. Com o estacionamento quase vazio (7h30 da manhã…) pára sempre encostado à “ilha” que existe no meio do estacionamento. Se ainda tivesse um Aston Martin podia pensar que não queria que riscassem o carro, mas o velho tem um fiesta, dá vontade de dizer “oh sua cavalgadura é cego?”. Civismo deve ser uma palavra qualquer que os netos inventam quando comem a sopa de letras!

Enfim, mau muito mau. Mas o pior nem é isto, nem o facto de deixar a mulher sempre pendurada, com o saco do ginásio e a bagageira por fechar. O pior é que o homem insiste em cumprimentar de aperto de mão todas as manhãs, tenha corrido 5 Km, esteja a meio dos abdominais ou em pleno remo. Além da nojeira tenho que interromper o que estou a fazer para o cumprimentar. Ah tem mais, o velho é selecto  só cumprimenta mulheres. Além de cair mal à própria mulher (sempre com um ar do pior, pudera, com um homem daqueles ninguém pode ser feliz), cai mal aos restantes homens que estão no ginásio. Qualquer dia a coisa dá para o torto!

sábado, 6 de abril de 2013

Facebook e os “voyeurs”!


Tenho Facebook. Gosto. Não sou viciada mas quase :) Como tudo, tem muito de bom e muito de mau.

Consegui reencontrar amigos de infância. Pessoas que não via há mais de 25 anos. Fiquei emocionada. Saber que estão bem. Alguns do outro lado do mundo. As primeiras descobertas foram maravilhosas, mágicas.

O poder que estas “brincadeiras” têm é absolutamente fascinante. Tudo se sabe à velocidade da luz. Verdade ou mentira, alegria ou tragédia, está tudo à distância de um clique. Salvam-se vidas e arrasam-se reputações.

Em pouco tempo percebi que, em traços muito largos, tinha três tipos de “amigos”: normais (gostam, partilham, brincam e comentam, nada de extraordinário), comentadores (verdadeiros treinadores de sofá) e “voyeurs”.

O terceiro grupo dá-me cabo dos nervos. “Facebook? Não vejo há séculos, não tenho tempo!”, “Facebook? Aquilo é uma treta, só coscuvilheiros! Uma estupidez!”. Experimentem perguntar qualquer coisa sobre um post qualquer. “Ah pois foi, aquilo será mesmo verdade?”, “Credo viste bem aquela foto, mas aquela rapariga não se enxerga?”.

Pois é, cambada de hipócritas, não passam um dia sem uma surfada no FB. Vêem e sabem de tudo. Não comentam, não gostam e muito menos partilham seja o que for.

Remédio santo, como infelizmente alguns até são bastante chegados, passaram todos à categoria de restritos. Falta pouco (um danoninho), confesso que ainda não ganhei coragem, para deixarem a categoria de “amigos virtuais”.

Porquê?

A escrita nunca foi o meu forte… sintaxe, semântica, pontos, vírgulas, brheeee… perco horas a tentar escrever algo. Felizmente, esta dificuldade nunca teve repercussões negativas na minha vida profissional. Números são o meu forte!

Então o que faço por estas bandas? Pois… falo, falo muito, tudo o que me vai na alma, o que devia e o que não devia. Para muitos uma qualidade. Também o considerei durante largos anos. Sempre achei que por mais dura que fosse uma verdade era sempre preferível ao silêncio ou à mentira piedosa. Nos dias que correm já não tenho tantas certezas. No entanto, tenho uma dificuldade enorme em ficar calada. Não consigo… não tenho sangue de barata e dever só mesmo ao banco!

Exercício físico foi o meu primeiro recurso. Junto o útil ao agradável, queimo calorias e liberto energias negativas. Todas as manhãs 50 minutos de ginásio ajudam e muito. Corro, corro muito, mas não chega!

Talvez por isso tenha optado pela escrita. Vamos ver se escrevendo o que me vai na alma consigo ficar um pouco mais calada. Tentar ouvir mais, processar mais e dizer menos é o meu objetivo.

Não gosto de mentiras, nunca gostei (acho que ninguém gosta). Por norma, não minto. Já menti, claro! Não sou santa, nem mais Papista do que o Papa. Mas mais depressa me apanham a mandar uma “bujarda” qualquer, a tentar ser politicamente correta.  

Não gosto de silêncios. Aliás, odeio. Nunca conhecemos verdadeiramente aqueles que só ouvem e nunca falam. Não sabemos o que pensam. Podem ser tudo ou nada, da direita ou esquerda, carne ou peixe, ateus ou crentes. Para muitos são Pessoas sensatas, para mim não são nada, são seres insípidos que inspiram muito pouca confiança.

Porque não sou assim e dificilmente algum dia o serei. Para me calar tive que arranjar outra forma de continuar a “falar”. Então decidi – vou escrever. Vou escrever sobre tudo, tudo o que me apetecer: sobre o tempo, culinária, trabalho, politica, religião, família, amigos, conhecidos, do que gosto, do que não gosto, do que me tira do sério… 

Se o Português não for o melhor… azar, temos pena! Não estou aqui para ser avaliada por nada nem por ninguém.