A escrita nunca foi o meu
forte… sintaxe, semântica, pontos, vírgulas, brheeee… perco horas a tentar
escrever algo. Felizmente, esta dificuldade nunca teve repercussões negativas na
minha vida profissional. Números são o meu forte!
Então o que faço por
estas bandas? Pois… falo, falo muito, tudo o que me vai na alma, o que devia e
o que não devia. Para muitos uma qualidade. Também o considerei durante largos
anos. Sempre achei que por mais dura que fosse uma verdade era sempre preferível
ao silêncio ou à mentira piedosa. Nos dias que correm já não tenho tantas
certezas. No entanto, tenho uma dificuldade enorme em ficar calada. Não consigo…
não tenho sangue de barata e dever só mesmo ao banco!
Exercício físico foi o
meu primeiro recurso. Junto o útil ao agradável, queimo calorias e liberto
energias negativas. Todas as manhãs 50 minutos de ginásio ajudam e muito. Corro,
corro muito, mas não chega!
Talvez por isso tenha
optado pela escrita. Vamos ver se escrevendo o que me vai na alma consigo ficar
um pouco mais calada. Tentar ouvir mais, processar mais e dizer menos é o meu objetivo.
Não gosto de mentiras,
nunca gostei (acho que ninguém gosta). Por norma, não minto. Já menti, claro!
Não sou santa, nem mais Papista do que o Papa. Mas mais depressa me apanham a
mandar uma “bujarda” qualquer, a tentar ser politicamente correta.
Não gosto de silêncios. Aliás,
odeio. Nunca conhecemos verdadeiramente aqueles que só ouvem e nunca falam. Não
sabemos o que pensam. Podem ser tudo ou nada, da direita ou esquerda, carne ou
peixe, ateus ou crentes. Para muitos são Pessoas sensatas, para mim não são
nada, são seres insípidos que inspiram muito pouca confiança.
Porque não sou assim e
dificilmente algum dia o serei. Para me calar tive que arranjar outra forma de
continuar a “falar”. Então decidi – vou escrever. Vou escrever sobre tudo, tudo
o que me apetecer: sobre o tempo, culinária, trabalho, politica, religião, família,
amigos, conhecidos, do que gosto, do que não gosto, do que me tira do sério…
Se o
Português não for o melhor… azar, temos pena! Não estou aqui para ser avaliada
por nada nem por ninguém.
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